Festival do Folclore de Olímpia: Grupos da Região Norte são selecionados para edição especial de 60 anos

A cidade de Olímpia, conhecida como Capital do Folclore, se prepara para sediar mais uma edição do Festival Nacional do Folclore. Em 2024, o evento chega à sua 60ª edição e promete reunir a cultura de todo o Brasil durante nove dias no Recinto do Folclore. O festival é considerado o maior do país e já anunciou os primeiros grupos que irão se apresentar em agosto de 2024.

Um total de mais de 60 grupos de todos os cantos do Brasil, representando cada região do país, foram selecionados pela Comissão Organizadora com o objetivo de celebrar a rica tradição dos grupos que mais participaram do FEFOL. Além disso, a seleção também busca dar oportunidades para novos grupos e valorizar a diversidade cultural brasileira, promovendo uma mistura dinâmica da cultura do país.

Conheça os grupos selecionados

O FEFOL tem o prazer de apresentar os grupos participantes da Região Norte, onde quatro grupos chegarão a viajar 2.500 km para participar do festival em Olímpia. Dois desses grupos serão inéditos, incluindo um do estado do Tocantins, que terá seu primeiro representante no evento.

Grupo de Folia “Tia Benvinda”, de Natividade – TO

Fundado em 2017 com o objetivo de preservar a riqueza cultural tocantinense da suça, tradição deixada pelos descendentes africanos que se estabeleceram nas regiões norte da antiga província de Goiás, hoje conhecida como Tocantins, durante a era da mineração de ouro.

Esta manifestação cultural é cheia de alegria e inclui danças, cantigas, viola, tambores tradicionais e outros instrumentos de percussão. É especialmente popular nos municípios localizados nas regiões central e sudeste do Tocantins e frequentemente anima celebrações religiosas locais, como festas populares católicas e folias típicas da cultura tocantinense.

Surgido a partir de um projeto escolar, o grupo hoje conta com cerca de 50 jovens sob a coordenação da professora Verônica Tavares e com apoio de mestres populares, associações e órgãos culturais. O nome do grupo é uma homenagem à Tia Benvinda, uma negra muito talentosa e importante na comunidade que participou ativamente no ensinamento da suça às novas gerações desde os anos 90.

Grupo de Tradições Marajoara ‘Cruzeirinho’, de Soure, Ilha do Marajó – PA

Fundado em 22 de agosto de 1987, o grupo nasceu das rodas de carimbó e da música tocada pelos grandes mestres locais. Há mais de 30 anos, o grupo promove arte, cultura, educação e preservação do patrimônio imaterial da região através das danças folclóricas do Marajó, como o Carimbó, Lundu Marajoara, Chula, Toadas de Boi Bumbá e Mazurca.

Comandado por Amélia Barbosa, o Cruzeirinho tem como missão preservar, divulgar e proteger as tradições populares do passado das gerações da Amazônia, em particular do Marajó. O grupo apresenta uma amostra do modo de vida e dos sentimentos do povo marajoara, retratados através de inúmeros personagens. Os vibrantes trajes, a intensidade e harmonia dos ritmos e instrumentos representam a calma dos habitantes rurais, a sabedoria e paciência dos pescadores ribeirinhos, a alegria de viver e a sensualidade dos casais que dançam com graça.

Grupo de Carimbó Bico de Arara, de São Caetano das Odivelas – PA

Fundado em 1990 na ilha de São João dos Ramos, este grupo surgiu espontaneamente para animar os encontros da comunidade local – numa época em que nem havia eletricidade por lá!

Desde então, seu envolvente som vem animando eventos e divulgando a cultura e a música tradicional do Pará com seus curimbós, cuícas, banjo e instrumentos de sopro. E agora, pelo segundo ano consecutivo, eles trazem sua música contagiante para Olímpia.

Grupo parafolclórico Frutos do Pará, de Belém

Fundado em julho de 1992 pelos membros da Associação Cultural Francisco Oliveira – que também é um Ponto de Cultura e um Ponto de Memória do Brasil – o grupo tem como objetivo resgatar e preservar a cultura paraense através da música e das danças folclóricas do estado.

Com um repertório de mais de 30 danças e lendas que retratam a essência e diversidade do povo amazônico, o Frutos do Pará se orgulha em manter as características peculiares do folclore local em suas apresentações, contando com uma equipe de 50 pessoas entre músicos, dançarinos e diretores.

Saiba mais sobre o 60º FEFOL

A cidade de Olímpia, considerada a Capital Nacional do Folclore, irá sediar a 60ª edição do Festival do Folclore de 03 a 11 de agosto de 2024 no Recinto do Folclore “Professor José Sant’anna”.

Este evento com mais de meio século de tradição terá como tema central o Jubileu de Diamante e irá celebrar a história e cultura da cidade com o tema “Olímpia: o solo sagrado da cultura brasileira”. Além disso, o festival irá destacar Olímpia como um importante ponto de encontro das diversas culturas do Brasil, proporcionando uma oportunidade única para reunir diferentes tradições em um único lugar.

Realizado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros, o Festival do Folclore de Olímpia é um evento popular com 9 dias de programação diversificada. A festa é aberta a todos os moradores e visitantes, com entrada gratuita, e espera atrair mais de 160 mil pessoas.

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